Palavras soltas ou um discurso final sobre o amor.

Há quem diga que o amor exista.
Outros, afirmam supersticiosos que você precisa tomar um banho de vinho rosê em noite de lua cheia, para enfim, o amor aparecer.
Sem tanto, ou com tanto esoterismo assim... há pessoas que não acreditam no amor e outras que juram que o viram. Que ele passou a vida inteira ao seu lado.
O amor? Bem, caso eu encontrasse (...)
E se o encontrasse, talvez confundiria com um bom emprego ou uma boa viagem.
- Fui muito materialista agora né?
Pois bem, muitos afirmam que o amor está no poder e poder é amor e vice-versa descalço.
- Calma lá! As coisas começaram a perder o sentido para o leitor. -
Mas como ter sentido se tratando de algo tão i-materialista e ao mesmo tempo tão concreto?
É que... como concretizar ou aprender a dissertar sobre os sentimentos sem repetir, o mesmo costume de romantizá-lo? Pois bem, vamos tentar:
(...)
Se o amor fosse uma fruta, ele seria uma uva e recitaria ao meio dia: "Na sua boca eu viro fruta, chupa, chupa, chupa que é de uva..."
Se o amor fosse uma cor, ele seria amarelo, descansaria no entardecer no seu colo.
Se o amor fosse uma canção, ela seria algo incompreensível porque nosso deus é mais... Afinal, mistérios sempre há de pintar por ai.
Mas se o amor fosse um som... com certeza seria o gemido. Com certeza!
E se o amor fosse uma filosofa? Seria Rita Lee... Está já diferenciou o amor do sexo há muito tempo.
Mas o que é esse sentimento?
Me responda... o amor existe para quem?
Os supersticiosos dirão que a Lua em Touro é um momento específico para reencontrar pequenas certezas de reciprocidade. Já, os materialistas... dirão que o amor é um vinho rosê numa lua cheia, com a vista do Ipanema.
Ah... mas com esoterismo, algumas pessoas dirão que acreditam no amor. Que o romantismo faz parte e que juram que já viram amor. Ele passou a noite inteira ao seu lado.
O amor?
Se eu o encontrasse, teria uma crise de riso. Porque isso sim, é amor.
Mas, caso eu não o encontrasse seria tão materialista com o amor, que o denominaria-o de poder.
E pelo o não poder, poderei eu ter?
Mas calma lá... O sentido das coisas é justamente o amor.
Algo justamente concreto e i-materialista.
Que quando não dissertamos sobre ele, repetimos o texto e deciframos seu contexto.
O amor está no silêncio?
Nos barulhos de um teclado?
No desejo insaciável?
No calor do sexo?
Nas músicas de Rita Lee?
Nos supersticiosos?
Na filosofia?
Amor?

dm.

A Saudade por Roberto Miquelino

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