carta de despedida ou a constante tentativa para lembrar de você.

 a cada passo em direção a lucidez 

sua presença é encanto que lembro bem. 

mas, quem disse que tudo não vai se repetir de novo?

feito um jogo, para só você vencer?


veneno de caninana

que eu me recordo,

picada que arde

ponta da faca 

dor que não apaga 

que a gente, sabe bem.


ainda lembro do gosto amargo do perfume 

de quando te queria a qualquer custo 

presa na teia de Romeu e Julieta,

de um abandono inventado, 

de uma culpa cristã 

que não tá nada bem.


não quero aqui a obrigação 

que quase te deixou cega, 

quando a sentença foi dada,

daquela falsa promessa?


tudo bem não responder ao toque 

ou a qualquer sentido que tanto disse 

que seria possível. 

tudo bem também não ouvir 

que sente saudades ou... 

tudo bem!

de longe te vejo sorrindo 

e fico feliz também. 


dm. 


foto por dani leite, arquivo pessoal.





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