Reinvenção de frames.
Invento memórias para te contar como sobrevivi
As imensidão da sua solidão.
Por isso, te conto as verdades que giram sobre mim.
Na expectativa e leveza que alegram teu olhar.
No compasso das palavras esquecidas,
Você aparece, com a ideia rubro da existência.
Um pensamento que agita o tempo, sobrevoando a imensidão.
Como uma hipótese de ação ou uma suspensão da palavra esquecida.
Você passa por mim, grisalha e forte
Carregando tempero no olhar.
Não sei ao certo, mas me encara em reflexo.
Seus olhos traduzem a sutileza do tempo:
Desejo encarnado da tentativa do esquecimento.
Em minha carne, sinto as musculatura próximo ao peito
Brotam cores sobre as tensões, em suas maiorias
Vermelhas memórias que desaguam
No rito sobre tons do rio em seu seio
Umbilical entre meus pés,
Acordada dentro do útero.
Recorda a pele do tempo.
Talvez tudo que quero te dizer, escorre entre minhas mãos.
Devoro o cordão que nos une
No desejo de alimentar a lembrança do primeiro suspiro.
Devoro o tempo que me recorda
No desejo de embriagar no útero.
Na sutil membrana que protege o núcleo
Fêmea: força e amizade que segura minha mão.
Tradução dos sentimentos em pedra bruta lapidada.
Amor?
Brincam na direção das horas, das invenções do peso distorcido.
Embriagada há tempos, poderia reescrever:
Fêmea pedra bruta força elo abrigo
As horas fluírem.
Controvérsia para poesias.
Poderia ser o começo ou a vida,
Editada naquela velha pergunta de quem veio primeiro.
Enquanto você volta a perguntar eu me volto ao tempo da pele.
Com os olhos fechados desvelo cada pingo do néctar teu em mim.
Como se as palavras esquecidas fossem vivas no jorro do teu pensamento.
Transbordam invenções que escorrem você em minha pele.
dm.

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