o comum em nós

esses dias ouvi uma história do moço que levava meu caminho. ele me contava sobre seu pai, as histórias das mesmas taquaras que apanhavam e trançava a nossa tradição. ele concordou comigo que a arte indígena não era valorizada e disse indignado que as pessoas pagavam uma mixaria para o artista e revendiam caro para fora do brasil. contou, que teve muito orgulho em aprender essa arte tão meticulosa com seu pai, mas aprendeu pouco. contou os detalhes das formas que seu pai trançava. sorri ao ver que o comum a nós, não estava apenas em nossos traços mas também na nossa cultura. e mesmo não sabendo seu povo, ele retomou uma memória que demarcava a nossa história. 

dm. 

performance verbocarne, dani mara. semana afro-feminista, ninfeias, 2017.


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