roda da fortuna ou ciclos de esquecimentos.

 quero poder retirar o desejo de lembrar o que as pessoas  me disseram. 

é curioso esse estado: lembro, recordo e aponto na direção da memória traiçoeira, 

como se pudesse tirar o gosto de uma razão inventada que daria sentidos, ao que digo. 

a comunicação turva aventura nas linhas do passado, como um estado de incomodo. 

me sinto incomoda quando me pedem para entrar e ao menor sinal de retribuição, 

abram as portas e mostram o lugar de saída. 

eu já sabia que não era para entrar, só confirmei a felicidade do seu pedido para que eu esteja aqui. 

assim eu aponto a direção do passado, eu sabia. 

sabia que o caminho era esse, só que nesse processo de retomar a origem da terra 

há tantos caminhos que... o que era para dizer? 


dm.




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