recorrendo aos textos guardados
faz tempo que não escrevo de mim, sobre as dores e angustias vivenciadas no cotidiano ou dos desencontros que nos atravessam. talvez por uma mudança drástica de meu comportamento.
acho que mudei bastante nos últimos três anos, sinto que tem me feito muito bem. não sei o que queria justificar com essa frase, na verdade eu sei... mas que expor as vezes dói. são feridas abertas acumuladas nos últimos anos que distanciam e dificultam cada vez o encontro, mas essas mudanças tem me feito muito bem. ser aberto não nos ajuda em nada, amigo leitor. em nada! é uma somatória de fazer para o outro, uma doação alienada que quem mais sofre nesse caminho é quem se abriu. tenho preferido não me expor muito, talvez por já ter exposto muito nas escritas tudo que não conseguia dizer. o problema sempre foi que nunca conseguia dizer e acabava horas da minha vida em frente ao computador escrevendo. isso deixa as pessoas doentes. não falar sabe? e agora vivo outro enfrentamento, é que falo. e a gente busca compreender o não e aceitar o não. as vezes é difícil ainda aceitar o não, mas tenho falado mais a palavra não. tem me feito muito bem.
não podemos controlar nenhum sentimento do outro, mas podemos nos poupar a energia de ser aberto e dizer sim para todos. o dizer sim acumula muitas dores quando não é sincero ou quando você romantiza mais o outro do que você. acho que estou buscando palavras para falar sobre os limites. acredita que com vinte e oito anos fui compreendendo os meus limites? e o que faço? ainda não sei. tenho me fechado cada vez mais e isso, de certa forma, tem me poupado mais energia e menos desapontamentos. sabe aquela pessoa que quando conhecia alguém já desabafava e queria ser a melhor amiga? ela não existe. tenho me guardado e cuidado de mim.
é o que posso fazer, se conseguir cuidar de mim bem, muito bem, ai sim estarei mais tranquila com todo o investimento dado a minha saúde mental. acho que me confundi e trouxe palavras tortas para dizer sobre o agora. escrevo por aqui por ser um portal meu. é tão brega ler blogs hoje em dia, eu ainda gosto. sou brega, adoro! e nesse adjetivo me despeço, celebrando esse novo eu.
dm.

Comentários
Postar um comentário