Re-escrevo.


Como um convite, a embriaguez senta ao meu lado. 

Entrega versos antigos no meu colo. 

Assim, redesenho tudo que vi.


Começo um diálogo com o ontem, 

Identifico riscos em pele 

Como se fosse uma prova de lucidez, o risco derramado na pele. 

Escrevo em silêncio seus traços em mim.


Me desenha? 

Com o passar dos ritmos e das chuvas 

O instante é desejo e memória. 


Em qualquer parte em minha carne, 

Os desejos são promessas 

Despretensiosas de um agora. 

Como se as palavras, escrevessem um outra história. 

Como um algoritmo em seu programa,

Me desenha entre suas entranhas. 


dm. 


Artista desconhecido.

(Releitura da poesia "Me desenha!" escrita em novembro de 2015.)

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