Ando desesperada pelo amanhã
Ando desesperada pelo amanhã.
Lá fora as flores não crescem,
O fim do mundo não chega
E os protestantes andam pregando
uma cura ridícula, a toda e qualquer forma de amor.
Já não insisto mais.
O amanhã parece que zomba da minha cara.
Escrevi preces ao vento,
Ouvi o canto do galo na madrugada,
Pus fogo em cartas
E de quebra, o amanhã nem ri mais das minhas piadas.
Ai, o amanhã...
Parece que vem.
Já demostrou sinais.
Derrubou meus cristais.
Brincou com meu misticismo.
Dançou minha macumba.
E regou me com saudades.
Esperar o amanhã é impossível.
Parece briga de Napoleão com próprio espelho.
Ou jogo de pique-pega no escuro.
Mas arde a sede pelo amanhã.
Um sinônimo de utopia,
Um embalo cósmico.
Que canta o invisível no meu ouvido
Dizendo que vem.
(...)

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