Lembrança febril.

Me perguntam sobre a ilusão?
Não sei onde vive e nem soube
Do seu achado.
Dizem que a ilusão enterrou-se
De bom grato.

A ultima vez que a vi passar,
Foi no desabrochar de janeiro.
Seu nome desenhava incerteza,
Vestia lágrimas o ano inteiro.

Regada a desejo,
Partiu sem olhar para trás.
Os bons ouvidos dizem,
Que a ilusão foi procurar o perfume
Esquecido da mais bela flor em decomposição.
As más orelhas debocham
Que virou marca de página
Do livro esquecido na gaveta.

O que sei,
É que a ilusão partiu.
Deixando a lembrança
Do sorriso febril.

dm.


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